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Cobra é o nome popular na língua portuguesa utilizada como sinônimo para serpente. Este animal pertencente à subordem Serpentes ou Ophidia, também é chamado de ofídios, mbóis, mboias e malacatifas. São répteis sem patas, sem braços, de corpo longo e esguio. Se locomovem usando fortes músculos e são pertecentes à ordem Squamata (animais que possuem escamas).
Existem cerca de 3.500 espécies de serpentes em todo o planeta. As mais conhecidas são as najas, as víboras, as jiboias e as pítons. No Brasil, existem 381 espécies, porém na Amazônia existe a maior concentração destes répteis.
Cobra, expressão usada popularmente no Brasil vem do termo latino Columbra. Serpente vem do termo latino Serpente. Mbói e Mboia vem do termo tupi Mbói, 'cobra'.
A evolução desses seres rastejantes ainda é um assunto que não está definido, uma vez que há duas teorias para a origem das serpentes. Uma delas, seria que as cobras podem ter evoluído dos lagartos do tipo escavadores durante o período histórico conhecido como Cretáceo. A outra teoria com base na morfologia sugere que os ancestrais das cobras são relacionados com morossauros (répteis que viviam na água há milhões de anos, quando ainda haviam dinossauros na Terra). Baseado nesta hipótese, as pálpebras transparentes de cobras são uma evolução para viver na água e combater a perda de água por osmose da córnea, e os ouvidos externos foram perdidos por falta de uso em um ambiente aquático. Isso explica a origem da serpente do mar.
As primeiras serpentes teriam surgido nas florestas do antigo supercontinente conhecido como Laurásia (que envolvia a América do Norte, a Europa e norte da Ásia), há cerca de 128 milhões de anos.

Cobra-rato-preto (Pantherophis obsoletus) (Foto: Reprodução da Internet)

jararaca-do-rabo-branco (Bothrops leucurus) Foto: Reprodução da Internet

Cobra-arco-íris (Epicrates cenchria) Foto: Reprodução da Internet

Cobra-rato-preto (Pantherophis obsoletus) (Foto: Reprodução da Internet)
O esqueleto da maioria das serpentes consiste apenas do crânio, maxilares, coluna vertebral e costelas.
A coluna vertebral possui aproximadamente entre 200 e 400 (ou mais) vértebras. Destas, em torno de 20% (às vezes menos) são da cauda e não possuem costelas. Já as vértebras do corpo possuem, cada uma, duas costelas articuladas a elas. As vértebras também possuem projeções às quais se fixam os fortes músculos que as serpentes usam para se locomover.
Esta página foi atualizada pela última vez em 20/09/2015
Atualizações anteriores em 19/09/2015, 18/09/2015 e 17/09/2015
Localizadas no dorso e laterais do animal, são geralmente dispostas em linhas. O número de linhas pode identificar uma espécie. Existem 3 tipos de escamas dorsais:
Localizadas na parte de baixo do corpo do animal, do queixo até a cloaca, são lisas e planas, para ajudar na locomoção. Mais largas que as outras escamas, geralmente formam uma só linha de escamas sobrepostas que se prendem às costelas por ligamentos e musculatura. A última fileira, denominada pré-anal, pode ser composta de apenas uma escama, ou de um par.
Enquanto os seres humanos utilizam principalmente a visão e a audição, esses sentidos são pouco desenvolvidos nas cobras. Elas dependem mais de outros estímulos, em particular dos odores e, em alguns casos do calor. Porém não impede a detecção do movimento. Como a maioria dos animais do planeta, as cobras têm cinco sentidos normais: visão, tato, olfato, audição e paladar.
A serpente não tem aberturas de ouvidos, trompas de Eustáquio e não podem captar ondas sonoras pelo ar. No entanto, seu ouvido interno reage a qualquer vibração no chão, detectada pela mandíbula inferior e transmitida pelos ossos. A maioria das serpentes usa a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direcional do cheiro.
Os olhos das cobras em geral são ineficientes. São incapazes de focalizar, e a maioria não tem pálpebras móveis, resultando num olhar estático. Algumas serpentes fossoriais, como as "cobras-cegas", possuem olhos vestigiais, não funcionais. As que enxergam melhor são as arborícolas que caçam de dia. Mesmo as serpentes que têm olhos evidentes enxergam mal. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos chamados de fossetas que lhes permite sentir o calor emitido pelos corpos. Isto é extremamente útil em lugares com pouca luminosidade. As cobras ativas diurnas têm pupilas redondas, enquanto as noturnas, como as pítons, têm pupilas com aberturas verticais. Para proteger os olhos, as cobras têm uma película que é substituída sempre que elas mudam de pele.
O olfato da serpente é o sentido mais importante. As presas, os predadores e os membros do sexo oposto são identificados pelo aroma que emitem. As partículas de odor do ar são captadas e "saboreadas" pela sua língua bífida (que se divide em duas pontas), e essa informação é transferida para o cérebro por meio de células especiais do palato. Suas narinas não têm função olfativa, mas auxiliam na respiração.
A língua das cobras é a parte mais interessante de sua anatomia. Apesar de assustar bastante pelo seu formato e pela atitude peculiar de sibilar (movimento que consiste em balançar a língua no ar), as línguas das cobras são inofensivas. Na verdade, o veneno secretado por certas cobras está alojado nas glândulas de veneno, localizadas nas presas (espécie de dentes, grandes e afiados). Além disso, a língua das cobras também consegue receber estímulos táteis. Assim, como a língua bifurcada projetada para fora, as cobras conseguem "tatear", sentir e cheirar o ambiente à sua volta.
As cobras também utilizam a língua para “farejar” um parceiro em potencial. Serpentes do sexo masculino usavam a língua quando estavam seguindo trilhas de feromônios deixados por fêmeas. Cobras do sexo masculino do tipo Copperheads têm línguas mais profundamente bifurcadas do que as fêmeas, o que, presumivelmente, aumenta a sua capacidade de encontrar companheiras.
Na locomoção, é o atrito delas contra as rugosidades do chão que ajudam os bichos a ondular seu corpo e ir para a frente. Conseguem gerar uma espécie de fricção desigual com o substrato por onde elas passam, e é isso que lhes permite seguir adiante, ondulando seu corpo de um lado para o outro. Eles conseguem usar seus músculos especializados para controlar cada escama de forma individual.
Quase todas as serpentes aquáticas possuem escamas ventrais estreitas, algumas vezes visíveis apenas como um risco ao longo do abdomen. Isto ocorre porque essas serpentes quase nunca colocam seu corpo em contato com superfícies ásperas e irregulares.





Serpente de hábito arborícola e gosta de passar toda a vida nas árvores altas para se abrigar ou se esconder, mesmo sendo uma espécie muito rara, é comumente encontrada na região Equatorial do Brasil, a Amazônia. (Foto: Reprodução da Internet)

Cascavel (Crotalus durissus terrificus) é um animal que possui um guizo, característico a um chocalho na ponta da cauda. Esse guizo serve para a defesa do réptil. A Cascavel possui veneno neurotóxico (que atua no sistema nervoso), fazendo com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. (Foto: Reprodução da Internet)

É uma serpente terrestre encontrada na Amazônia, Mata Atlântica e na América Central. É a maior serpente peçonhenta das Américas. (Foto: Reprodução da Internet)
Você está a um clique de conhecer algumas espécies de serpentes que habitam a maior floresta do planeta - Amazônia. Suas curiosidades estão destacadas em pequenos tópicos. Imagens de cada animal.
As serpentes que habitam
a selva amazônica

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Fotos: Reprodução da Internet




Esqueleto da cobra Cascavel (Crotalus durissus terrificus)

O corpo de uma serpente é frio, este réptil não controla a temperatura de seu corpo. Sua pele pode ser lisa ou áspera, opaca ou brilhante, conforme o tipo de escama que recobre o seu corpo. As escamas são conectadas por uma pele extremamente elástica, denominada pele de ligação. Essa pele permite que a serpente distenda o diâmetro de seu corpo em até seis vezes, ao se alimentar.
As escamas são queratinizadas (queratina é uma substância presente também em peixes, penas de aves e pêlos de mamíferos), e podem ter aspecto brilhante ou opaco.
As serpentes possuem diferentes tipos de escamas em diferentes partes do corpo. Forma, disposição e número de escamas, e também presença ou ausência de determinadas escamas, são características de cada espécie. Cada tipo serve a um fim específico, e varia de acordo com os hábitos e estilo de vida do animal.
As escamas das serpentes não se desfragmentam, como as dos peixes. Elas são rígidas, finas e transparentes. Formam uma rede denominada stratum corneum, que recobre inclusive os olhos da serpentes, e é trocada periodicamente. Este processo de troca de pele é conhecido como ecdise ou muda. Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos.
A função da escama é proteger a pele da serpente, diminuir o desgaste causado pelo atrito do seu corpo com o substrato, defendê-la do ataque de parasitas e insetos, e dispersar a luz e reduzir a quantidade de radiação que penetra no corpo da serpente, evitando que ela se desidrate com a perda de água pela pele.
A tolerância térmica vai de 0 grau a 47 graus, mas a temperatura ideal é de 25 graus, muito abaixo ou acima desse limite o metabolismo fica comprometido. As serpentes, como os demais répteis são pecilotérmicos, ou seja, sua temperatura varia de acordo com a do ambiente.

Escamas dorsais


Lisa - em forma de losângo, é plana. Cria uma superfície lisa e brilhante.
Quilhada - alongada, imbricada, com uma ou duas quilhas no sentido do comprimento e terminando em ponta, cria uma superfície áspera e opaca.

Granular - pequena, de formato cônico e textura áspera, cria uma superfície granular. (ocorre em poucas espécies de serpentes, algumas aquáticas.)